domingo, 3 de maio de 2015

História e Atividades da Química Forense

História

Onde tudo começou...

A investigação química de crimes é bastante antiga, sendo relatado que Democritus foi provavelmente o primeiro químico a relatar suas descobertas a um médico (Hippocrates). Na Roma antiga, já existiam legislações que proibiam o uso de tóxicos em 82 A.C. A forma mais usual de cometer assassinatos ou suicídios era através do uso de substâncias tóxicas, como o arsênico ou através de venenos como os de escorpiões. Isso se deve ao fato de que qualquer substância pode ser perigosa, dependendo apenas da dose administrada. O primeiro julgamento legal a utilizar evidências químicas como provas ocorreu apenas em 1752, o caso Blandy.

Mary Blandy - A assassina do po do amor - Ilustracao
 http://oaprendizverde.com.br/2014/03/12/mary-blandy-a-assassina-do-po-do-amor/


Atividades da Química Forense

Local do Crime
 Os peritos criminais de local de crime realizam a análise da cena de crime, identificando, registrando, coletando, interpretando e armazenando vestígios, são responsáveis por estabelecer a dinâmica e a autoria dos delitos e realizar a materialização da prova que será utilizada durante o processo penal.


 Balística

Balística é a ciência que estuda o movimento dos projéteis, especialmente das armas de fogo, seu comportamento no interior destas e também no seu exterior, como a trajetória, impacto, marcas, explosão, etc., utilizando-se de técnicas próprias e conhecimentos de física química, além de servir a outras ciências.  A força com que este é projeta-do para fora do cano depende da combustão da pólvora. Essa gera gases, os quais, com a elevação da temperatura interna (podendo chegar  aos  2500°C) aumentam o volume e a pressão no interior da arma, fazendo com que o projétil seja "empurrado" violentamente.




Pólvora: Para cartuchos calibre 38 SPL, por exemplo, é usada a pólvora CBC 216, a qual é constituída por 97 % de nitrocelulose, 1,5 % de difenilamina, 1,0 % de sulfato de potássio e 0,2 % degrafite.Espoleta: Estifinato de chumbo; Nitrato de bário; Sulfeto de antimônio.Projétil: Liga de Chumbo com um pouco de antimônio (1 a 2 %).


Explosivos


Um explosivo é uma substância ou conjunto de substâncias que podem sofrer o processo de explosão, liberando grandes quantidades de gases e calor em curto espaço de tempo.
Com o calor, os gases se expandem e, se estiverem num espaço pequeno, a pressão exercida é enorme até chegar ao ponto de ruptura, com grande onda de choque.

No sentido muito amplo, é um material extremamente instável (metaestável) que se pode decompor rapidamente formando produtos estáveis.


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Envenenamento ou Intoxicação

Tal como o nome sugere, envenenamento químico refere-se a vários problemas de saúde e complicações que podem ocorrer devido à ingestão acidental ou inalação de substâncias nocivas que levam à toxicidade no organismo.
Com a industrialização, a ameaça de envenenamento químico aumentou. Elementos tóxicos são encontrados em todos os lugares e torna-se extremamente difícil de evitar-se os efeitos nocivos dos produtos químicos e toxinas.
Se os produtos químicos de uso doméstico ou industrial, acidentalmente, inalado ou consumido, que podem levar a intoxicação química, que por sua vez pode levar a complicações graves de saúde.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

O que é a Química Forense?

Química forense é a aplicação dos conhecimentos da química e toxicologia no campo legal ou judicial. Diversas técnicas de análises químicas, bioquímicas e toxicológicas são utilizadas para ajudar a compreender a face sofisticada e complexa dos crimes, seja assassinatos, roubos e envenenamentos, seja adulterações de produtos e processos que estejam fora da lei. Trata-se de um ramo singular das ciências químicas uma vez que sua prática e investigação científica devem conectar duas áreas distintas, a científica (química e biologia) e a humanística (sociologia, psicologia, direito). 

A solução de um crime, com a punição dos culpados, é a meta primordial da justiça. Ao desvendar as circunstâncias de um crime, os investigadores fazem um trabalho de grande importância: de um lado, protegem a população da ação de criminosos e de outro, impedem que inocentes sejam punidos injustamente. Técnicas sofisticadas como cromatografia, espectroscopia, espectometria de massa, calorimetria, papiloscopia e termogravimetria são capazes de identificar a substância utilizada em um envenenamento, as impressões digitais de envolvidos em crimes, manchas orgânicas, como sangue, esperma, fezes e vômito, manchas inorgânicas, como lama, tinta, ferrugem e pólvora, e analisar evidências como fios de cabelo, peças de vestuário, poeiras e cinzas em locais de crime.

 A química forense engloba análises orgânicas e inorgânicas, toxicologia, investigações sobre incêndios criminosos e serologia, e suas conclusões servem para embasar decisões judiciais. Apesar de as investigações criminais serem o aspecto mais conhecido da química forense, ela não se limita a ocorrências policiais. O químico forense também pode dar seu parecer em decisões de natureza judicial, atuar em questões trabalhistas, como determinar se uma atividade é perigosa ou insalubre, detectar adulterações em combustíveis e bebidas, uso de drogas ilícitas, fazer perícias em alimentos e medicamentos e investigar o doping esportivo.